Preocupação rural

Cultura do milho segue afetada pelo déficit hídrico

Mais da metade das lavouras estão nas fases de enchimento de grãos (24%) e em maturação (27%). Outros 13% estão em fase de floração, 23% em germinação e desenvolvimento vegetativo

A cultura do milho segue afetada pelo déficit hídrico. De acordo com o Informativo Conjuntural produzido e publicado pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), mais da metade das lavouras estão nas fases de enchimento de grãos (24%) e em maturação (27%). Outros 13% estão em fase de floração, 23% em germinação e desenvolvimento vegetativo. Ao mesmo tempo que 6% da área total estimada com a cultura no Estado ainda não foi semeada, 13% já foi colhido. 

Ainda em virtude da falta de umidade do solo, os produtores não avançam com o plantio de soja no Estado, faltando ainda também 6% da área total estimada a ser plantada. Estima-se que 76% das lavouras encontrem-se em germinação, 22% em floração e que em 2% delas inicie o enchimento de grãos. 

As lavouras de arroz do Rio Grande do Sul seguem se desenvolvendo e 20% da cultura está em fase de floração, 2% em enchimento de grãos, 78% em germinação e desenvolvimento vegetativo. O plantio atinge 99% da área total estimada. 

Olerícolas 

Na Fronteira Oeste, região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as condições climáticas com temperaturas máximas em torno de 40°C e insuficiência de chuvas afetaram a produção de hortigranjeiros. Em Alegrete, metade da área com produção de folhosas e cucurbitáceas do município foi abandonada. Os cultivos de cenoura e beterraba estão atrasados, novos plantios foram adiados, e horticultores diminuíram área de plantio escalonado, priorizando culturas que demandem menor volume de água. 

Em Barra do Quaraí e Uruguaiana, há dificuldade de produzir folhosas, afetadas pelas altas temperaturas. Nas culturas em ambiente protegido, com utilização de sombrites, ainda há produção satisfatória, mas com danos causados por pragas, especialmente tripes. A cultura de pimentão também é atingida, apresentando abortamento de flores e reduzida frutificação.

Frutícolas 

A viticultura cultivada na região Metropolitana apresenta boa frutificação, mas foram relatadas perdas por estiagem. Há oferta de frutas para mesa dos produtores do Centro-Sul. O destaque foi a integração do processamento local com turismo rural em Rolante, dando excelente demanda aos produtos, o que retorna aos agricultores como boa expectativa para a safra que se avizinha. A produção de pitaya no Litoral Norte também está integrada ao turismo e entusiasma os produtores em relação à safra que se aproxima. É intenso o manejo de polinização das flores. 

Piscicultura 

A estiagem vem afetando a quantidade e qualidade da água de tanques e reservatórios destinados à piscicultura. A baixa taxa de renovação de água tem diminuído os níveis de oxigênio e aumentado os de amônia, causando a morte de peixes. 

Nas regionais da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre e Santa Rosa, a alimentação foi reduzida ou até suprimida para não piorar as condições das águas dos tanques de criação. Muitos açudes estão com os peixes prontos para a despesca; porém, o baixo nível de água dificulta a realização da atividade. 

Na região de Lajeado, as chuvas no final de dezembro foram abaixo da média e não recuperaram os níveis de água dos açudes. A falta de condições para a manutenção dos peixes está levando os piscicultores a realizarem despescas parciais e mesmo totais em alguns casos. Em Estrela, foram programadas feiras extras para a comercialização do pescado. Na de Ijuí, ocorreram diversos casos de mortalidade por falta de oxigênio na água. 

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